Direto de Brasília
Ilana Trombka trabalha para o fim do assédio moral e sexual no Senado
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Diretora-geral do Senado, Ilana Trombka trabalha para melhorar ambiente de trabalho e superar o assédio moral.
“Parece uma palavra maldita [o assédio], e as pessoas preferem nem falar, como se assim significasse que não existe”, avalia a diretora-geral do Senado Federal, Ilana Trombka. Por isso, a Casa lançou, neste ano, uma cartilha sobre assédio moral e sexual.
“A gente conseguiu regulamentar o combate ao assédio no Senado através de um ato do primeiro-secretário e hoje isso está normatizado. Agora, estamos fazendo um trabalho de educação, com a divulgação da cartilha”, explica Ilana Trombka. Para ela, a cultura do Brasil é marcada “pela diversidade e, no meio disso, há uma certa flexibilidade que está muito linear do assédio”.
Diretoria-geral do Senado desde 2015, Ilama Trombka é uma das idealizadoras da cartilha, cuja segunda fase foi iniciada em março deste ano. Com o nome “Senado, ambiente livre de qualquer tipo de assédio”, a primeira ação teve o objetivo de esclarecer quais situações podem ser consideradas assédio. Agora, é ideia é explicar os trâmites internos para apuração das denúncias.
“Essa campanha veio para prevenir qualquer tipo de assédio e educar para construir ambientes livres de assédio. A segunda etapa tem um toque mais visual. Os totens (em tamanho real) terão colegas de todos os vínculos mostrando cartazes sobre o tema. O Senado dispõe de profissionais que estão aptos para receber qualquer tipo de denúncia”, afirma Ilana Trombka.
A cartilha está disponível no site do Senado Federal, por meio do link www.senado.leg.br. Na avaliação de Ilana Trombka, para além da Casa, é importante que outras pessoas tenham acesso ao conteúdo. “Colocando no caldeirão, a cultura machista e permissiva, ainda de uma herança escravocrata, refletiu na organização do mercado de trabalho brasileiro. Esse caldo cultural dá muito trabalho para tentar definir claramente o que é assédio”, diz.
Ilana Trombka esclarece ainda que “quando é um caso acintoso, fica mais fácil, mas a verdade é que na rotina diária, em geral, não são tão acintosos”. Por isso mesmo, a Casa promoveu a campanha envolvendo colaboradores dos mais diversos perfis e vínculos profissionais. “O Senado está se transformando numa Casa livre de qualquer tipo de assédio. Queremos ser o melhor lugar para o servidor do Senado, para o terceirizado, para o estagiário, para o menor aprendiz”, aponta a diretora-geral do Senado.